A ideia é bem simples: andar pelo menos 45 minutos. A
complexidade mora na rotina. Fazer isso todos os dias de segunda a sexta e
depois incluir sábado. Primeiro dia. 19 de outubro. Resolvi usar um tênis
comprado há dois anos e nunca usado. O motivo: forma pequena para pé largo.
Desafio 2: abstrair o calçado apertado. Preguiça vencida. Conversas incompletas
no whatsapp. Ipod sem bateria. Eu faria companhia a mim mesmo. Trajeto:
indefinido.
Noite agradável. Não faz calor e nem frio. General Polidoro
vazia com uma pizzaria aberta com uma mesa ocupada. Professor Álvaro Rodrigues
com pouco movimento e bares fechando. Praia de Botafogo com Voluntários da
Pátria sem fervo e trânsito. Sigo pela praia. O Aterro está sem ninguém e não
atravesso. Visconde de Ouro Preto virou um reduto de moradores de rua. Muniz
Barreto é apenas uma passagem para uma rua que nunca guardo o nome: Vicente de
Sousa. Rua curta e que me leve para Bambina a contra gosto.
Não queria encontrar conhecidos pelo trajeto e evitar ruas
onde já passo. A Bambina é uma delas que para piorar me prende até a São
Clemente. Viro em direção ao Humaitá na intenção de ir até a Real Grandeza, mas
viro na Sorocaba e olhando os prédios percebo que nunca tinha passado no trecho
até a Voluntários. O conjunto
arquitetônico de Botafogo é sem dúvida um dos grandes atrativos do bairro e
cada vez mais morre a cada prédio inteligente e de varanda de vidro. Na
Voluntários, sigo até a Dona Mariana e depois pego a Mena Barreto. Trecho bem
conhecido. Já estou bem perto de casa. Não tenho noção de tempo. Viro na Teresa
Guimarães e vejo um prédio art-deco que grita por um reforma.General Polidoro
novamente. O suor foi mínimo.
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