sábado, 5 de fevereiro de 2011

Estação da Glória

Entre o vão e o trem mora a esperança. Quando ele chegou naquela estação sua cabeça girava com se seus neurônios sambassem ao som de música clássica. Os sinais e cartazes de aviso o confundiam como se estivessem escritos em inglês soviético. Ele não sentia a sua pele. Era um veludo bem grosso que o protegia do calor de mais 50 graus. Gostava dos bancos brancos brilhantes. Esperava. Subia e descia as escadas rolantes. Esperava. Andava pelas plataformas. Cantava. E quando trem chegou. Morreu.

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