sábado, 30 de dezembro de 2023
Vovó tá na janela (in progress)
quarta-feira, 1 de junho de 2022
banho de água fria
Seu único defeito era uma tatuagem de cerejas no ombro. O sorriso tímido. A pele quase pálida. Cabelos descoloridos. Trocamos poucas palavras e já estava uma língua dentro da boca do outro. Tirou minha camisa. Desabotoei a sua. Abriu a sua calça. Cueca boxer preta. Puxou a minha bermuda. Sem cueca nenhuma. Beijos demorados. Babados. Se nojo. Sem pressa. Eu desliguei a música que tocava. Eu não consigo mais transar ouvindo música. Me desconcentra. E eu gosto de ouvir a respiração, os gemidos e cada putaria que por ventura venhamos a dizer. Quanto mais melhor. Gosto da narração, das ordens e pedidos. Os barulhos e depois, aquele quase silêncio. Quem vai levantar primeiro? Quem deixará claro que tudo não passou de sexo casual? Você sugeriu um banho. A desculpa era preservar os lençóis. Gostava de água fria assim como. Debaixo do chuveiro, nos conhecemos um pouco mais. Finalmente, intimidade entre nós dois.
quarta-feira, 13 de outubro de 2021
Dominado
Enquanto derrete, de frente ao espelho, se lembra (apesar de nunca ter esquecido): essa é mais uma noite em que você dormirá sozinho. Basicamente, pensei em escrever esse texto para usar essa frase. Sim, tem um pouco do palhaço do pós espetáculo. Você não sabe lidar com suas emoções. Elas não são palavras. Não viram frases interligadas. É tudo solto. Lindas frases de efeito, mas que não criam histórias. E você gosta das tramas. Um bom enredo sempre valerá mais que um bom beijo. Mesmo aqueles que custam apenas 100 reais. Meu telefone parou. Sinal que eu também deveria. Mas, espero aqui esperando ele ressuscitar. Não precisamos de dois mortos nesta sala. O palhaço triste não chora. Não borra a maquiagem. Às vezes, parece que já não sente nada ou não se surpreende. Hoje, você não está dominando nem as palavras, mas manterá cada uma das possíveis lágrimas dentro dos seus olhos.
(in progress e sem revisão)
sábado, 11 de setembro de 2021
Você não voltou
Meu beijo amargo te assustou. Meus dedos dentro de você. Queria mais uma vez. A água quente escorrendo pelas suas costas e percorrendo toda a sua bunda aberta. Chamava. Pedia. Queria. Meu pau dentro de você. Queria outras mais vezes. O peso do meu corpo espremendo o seu na minha cama e amaciando a sua pele jovem. Ardia. Suava. Arrepiava. Minha língua dentro de você. Vezes sempre queria. O visco entre os dentes inundando toda a sua garganta. Seca. Quente. Muda. Seu sorriso doce me esnobou. Você nunca mais voltou.
segunda-feira, 26 de julho de 2021
A lágrima tem gosto de mar
O mar tem gosto de suor. De lágrima. Você vai percebendo o sabor nos lábios a cada mergulho. O sol queima como tapa bem prazeroso no rosto. Como abraço forte. Eu vou recebendo o calor nos meus braços a cada carinho. O vento tem barulho de poesia bem escrita com rimas secas e raras. De sussurro. Eu ainda ouço a sua voz me chamando pelas três primeiras letras do meu nome. A areia cega como mentiras bem contadas. Como a falta de medo. Você ainda não enxerga seus erros. Nós fedemos a flores mortas. A peixe pescado. Nós cheiramos a nós mesmo. Nos lambemos. Nós nos comemos. Nós gritamos. (Talvez) Nunca nos (mais) vemos.
quinta-feira, 25 de junho de 2020
Mágoa de cachorra
domingo, 26 de abril de 2020
Calle Cerrito 124
sexta-feira, 24 de abril de 2020
Porque eu não era
(texto sem revisão)
sexta-feira, 17 de abril de 2020
Esta noite, estou rum
sexta-feira, 10 de abril de 2020
Pregos áridos
segunda-feira, 6 de janeiro de 2020
O silêncio da carne podre
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
Céu da boca
segunda-feira, 26 de junho de 2017
Galho
sábado, 7 de novembro de 2015
40 minutos
quinta-feira, 19 de março de 2015
Diálogos hipotéticos dois (in progress)
Turista bêbado liga para Admilson
Admilson via whatsapp: Não atender (sic) agora
TB: Tudo bem. Mas já sabe que não sou enrolado ou o que você achou que eu seria.
(40 minutos depois)
TB: ?
A: Oi
TB: Opa
A: Quando vai embora? To com a bateria fraca
TB: Vou embora na segunda. O que está fazendo?
A: Passei na casa do meu amigo. Se quiser depois passo ai. Mas quando for para o carro carregado
TB: Estou na Praça Roosevelt. Eu quero que você passe. Você quer passar?
A: Quero! Fazendo o que aí?
TB: Bebendo e vc?
A: Sozinho?
TB: Com um amigo.
A: Amigo de foda?
TB: Amigo de amizade
A: kkk
TB: Tô numa vibe mais tranquilo depois de tanta vodka
A: Já falo com você
TB: OK! Espero. Dorme comigo?
(Uma hora depois)
TB: Vim para o hotel sozinho
(Sete horas depois)
A: Desculpa, acabei cochilando
Turista de ressaca: Relaxa :) Tudo bem?
A: Sim e aí?
TR: Aqui também. Só uma ressaca chatinha. Fome também.
A: To com fome também. Você fuma?
TR (???): Não, por quê?
A: Porque não gosto.
TR: Nunca fumei
A: Manda foto sua
TR: Que tipo de foto?:P
A: Todos
TR: Mais fácil você vir aqui e me ver ao vivo :)
A: Te pedi foto
TR: Eu sei.
A: Complicado ir aí.
TR: Por quê?
A: Porque é ruim para parar. Trânsito ruim.
TR: No domingo, tá bem tranquilo. O que mais tem é estacionamento aqui no Jardins.
A: Super caro
TR: Bem, não vi preços
A: E você não sabe também?
TR: O quê?
A: Vir
TR: Não sei, não. Você está no Ipiranga, né?
A: Ir na Roosevelt você sabe?
TR: Sim, sim. Tava lá ontem. É fácil.
A: E você não sabe pegar um metrô?
Turista ficando puto: Diz aonde você quer chegar com essas perguntas?
A (via mensagem de voz): Quem chega na Roosevelt, chega na minha casa, Agora, é fácil querer que as pessoas vai (sic) até você sempre
Turista pasmo: Eu cheguei à Roosevelt porque eu sei onde é a Roosevelt (risos). Eu não chego na sua casa porque eu não sei onde é a sua casa.
(continua)
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
Diálogos hipotéticos (in progress)
Comeu de graça: - Errou! hahahaha
CDG: - Relaxa. hahahhah
BR: (Quase 19 horas e ou ele ainda não aprendeu falar "boa noite" ou não ainda não se entendo com o sistema de 24 horas?) - Opa. Blz?
terça-feira, 1 de julho de 2014
Caos canônicos ou romanos
terça-feira, 3 de junho de 2014
O drink de Veneza
terça-feira, 27 de maio de 2014
Florença em dois tempos
sexta-feira, 23 de maio de 2014
der Feigling
sábado, 5 de abril de 2014
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
O Jogo
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
Dentro d'água
domingo, 17 de novembro de 2013
Lavalle y Polidoro
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Uma mensagem após o sinal
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Compact Disc
terça-feira, 30 de julho de 2013
Daquilo que não será
segunda-feira, 17 de junho de 2013
O sofá vermelho
Aquela luminária vermelha agora fica em um lugar novo ao lado do sofá e onde ela ficava, agora está a televisão. A bicicleta continua sem lugar e destoa de tudo. Não que a mesa de centro combine com algum móvel ou ainda, não que algum móvel combine com outro. Hoje, faz um silêncio muito grande. De vez em quando, ouço os gritos de uns garotos que ficam na pracinha ou de gatos no cio. De noite, não tem nenhuma criança e o balanço não range. Vou te falar que acho que sofá já não está mais tão vermelho como naquela foto em que você está nele segurando um taça de vinho e escutando conversas que você não conseguia entender. Na fotografia, a cor era bem mais vibrante e quase se fundia com a sua camisa que também era vermelha. Pouco a pouco sinto ele vai desbotando e ficando empalidado como aquilo que a gente chamava de amor.